Os dias no laboratorio são uma corrida contra o tempo. Hoje não foi excepção. Experiência. Reunião de grupo. Mais uma reunião em videoconferência com equipa de colaboradores. Tudo hiper programado ao minuto.
10 minutos antes da hora combinada fui para a sala de videoconferência – sim, temos uma sala para essas coisas, que não haja confusões. Nunca a tinha utilizado, mas achei que para ter uma conversa no skype não deveria ser complicado. Basta ligar computador ao ecrã e esta feito, pensei. Hum… Pois. Esqueci-me de que os franceses gostam de complicar.
Chegadas à sala, eu e a estudante de doutoramento que tenho a passar uns meses aqui no lab, ligamos os cabos e seguimos as instruções – em francês, claro. Nada! Nada de nada! Skype não liga. Ecrã do computador não aparece no plasma. Hum… bonito! Nos entretantos fico a saber que no instituto não é permitido o acesso ao Skype – não vão os funcionarios diminuir a produtividade por passarem demasiado tempo no Skype -. A incoerência é que o acesso ao Facebook é permitido! Va-se la perceber!
Resumindo. A unica forma de ter uma videoconferência é criar uma conta com o email do instituto num determinado site. A qual tem de ser feita dias antes da data em que se pretende ter a dita videoconferência. E depois convidar os convidados, desculpem-me a redundância, para se videoconferenciarem comigo. Acham possivel complicar mais? Eu não, mas tenho a certeza que os franceses conseguem :)!
Escusado sera dizer que a conversa foi feita no telefone em alta-voz. Mas o que importa é que discutimos ciência. E ciência da gira 🙂 Yupiiii!!!
Bom dia !
Nao me parece que os francius sejam tao naifs, sobretudo depois de ter “descoberto” o Jean-Pierre Petit, director de investigaçao do CNRS (reformado), especialista em astrofisica e cosmologia. Na minhao opiniao ele é o cientista maldito, por se recusar a alinhar com os militares e por ter a ousadia de acreditar em extraterrestres ! (adoro ouvi-lo no youtube).
O poder politico até recusou bolsas de estudo para os doutorandos que investigavam com ele. Teve a coragem de afirmar, nos anos 80, que a França estava atrasada 30 anos em relaçao aos EUA. O Dir. Geral do CNRS chegou a dizer-lhe que as recusas nao eram de caracter cientifico…
Resumindo:
A paranoia actual dos franceses centra-se na guerra de espionagem cientifica. Os americanos conseguem escutar quem querem em qualquer parte. Essa espionagem passa depois para as empresas e para o desenvolvimento de novos produtos.
Esta é a guerra actual e nisso nao os critico, uma vez que correm o risco de serem esmagados pelos EUA.
Demoraram uns anos a ler o Alvin Toffler, mas agora tentam recuperar terreno ! ahahaha 🙂
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Trabalhei num empresa francesa e sim, o maior problema deles é a confidencialidade e como tal videoconferências, têm de ser agendadas e pagas a empresas que garantem confidencialidade total!!!
As ferramentas que nós os comuns mortais usamos são muito perigosas!
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