Category Archives: Frases a jeito de desabafo

Nobel da literatura 2016…

Ou o ano em que o prémio deixou de ter valor para mim.

Bob Dylan pode ter influenciado gerações com as suas músicas. Pode ter introduzido expressões na boca de milhões de pessoas. Pode até ser ídolo para outros tantos… Mas este Nobel literatura 2016 está para mim à altura do Nobel da Paz de Obama. Tem um valor mediático sem substância de conteúdo.

Uma desilusão para mim.

“Que esperam os macacos” de Yasmina Khadra

Algures por Coimbra…

“Rien de grave” de Justine Lévy

Continuo a ler em francês. No formato “livro de bolso”. E estou absolutamente viciada. “Rien de grave” foi o meu último livro. 

  

Reencontrei-me em Louise. Ou nas palavras de Lévy.

  
“Amar não quer dizer que nos parecemos. Amar não quer dizer sermos iguais, comportarmo-nos como gémeos, que acreditamos inseperáveis. Amar é não ter medo de se separar ou de deixar de amar. Amar é aceitar a queda, sozinho, e de se levantar, sozinho. Eu não sabia o que é amar, tenho a impressão de que hoje sei um pouco mais.”

 
   
E eu estou farta, ao mesmo tempo, de ter atenção. Estou farta da miopia, da surdez, do mutismo. Mas estou farta, também, de estar fechada em mim mesma com todos estes sentimentos que fiz prescrever, todas estas palavras que eu nunca mais quero dizer, antes morrer que dizê-las, digo a mim própria, o ferro-velho de palavras usadas que outrora serviram, é como o meu coração, e o meu corpo, eles também usados de ocasião, eles também amaram, sofreram e depois? Eu não me vou reencarnar por isso, nem transformar-me na essência de uma outra, elas estão aqui, estas palavras, de qualquer forma elas estão na minha cabeça, na minha garganta, Pablo bebe-as quando me beija, ele compreende-as mesmo que eu as detenha dentro de mim, acreditas no quê, idiota? Acreditas mesmo que eu não as ouço, essas palavras de amor que tu não me dizes? Claro que é ele que tem razão. Sinto vergonha, e sinto vergonha de ter vergonha. Tenho vergonha de as pensar, as palavras, e ainda mais vergonha por não conseguir dizê-las. Estou farta deste frio em mim. Farta de nunca sentir o quente ou a dor. Farta de passar ao lado da vida, da felicidade, da tristeza, das pessoas, dos desafios, da morre. Merda para a falsa vida. Merda para o negro, o silêncio, a anestesia, os gatos, os jeans. Ele tem razão, Pablo. É preciso parar de não viver. Parar de não chorar. Parar a retenção de lágrimas, assim vou ficar com celulite na cara, à força. Parar de ter medo de estar viva. 

(…)

Parar o amor sublime, os amantes belos e nobres e perfeitos. De manhã temos má cara, temos mau hálito, é assim, é preciso aceitar, é assim a vida.

Alargadores de orelha :/

Sera que sou a unica a não perceber esta moda?

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é que eu acho esta coisa dos “alargadores” muito feio!! So de olhar faz-me impressão!!

é caso para dizer que ha quem queira ser bonito… E ha quem queira ser assustador!!