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“Ma vie de courgette”, um filme de animação em “stop motion”.

O Outono traz as sopas, os chás, os scones e os crepes, o vinho tinto em vez do rosé, os passeios de bicicleta em dias frescos de sol intenso, o silêncio na praia e as rochas húmidas no Cap… e traz também o cinema!

Ontem fui ver “ma vie de courgette), um filme de animação em “stop motion” que considero uma obra de arte.

“Ma vie de courgette” é um filme triste sem ser triste. Um filme para crianças sem ser para crianças. Um filme simples sem ser simples. É um filme ao contrário, do lado esquerdo da vida, do lado do coração.

O director, Claude Barras, fez os personagens em massa de molde. Personagens simples para permitir ao espectador uma melhor identificação e desse modo percepcionar sentimentos e emoções.

Este filme de pouco mais de uma hora é um mundo de detalhes e pormenores. Os cenários. Os diálogos. As sequências. Imaginar que tudo foi feito à mão. 8h de trabalho de equipa para produzir 5 segundos de filme.

Um filme apaixonado e apaixonante.

Deixo a sugestão.

Un + Une

Gosto de cinema francês. Possivelmente um dos meus preferidos. Ontem a minha semana terminou melhor. Por causa deste filme.

Tem amor. Tem India. Tem estórias em (parenthèse). Tem piano. Tem Julieta e Romeu. Tem humor. Tem França. Tem um pouco de cada um de nós, também.

 

“Still Alice”

Em França os filmes chegam aos cinemas 2 a 3 meses mais tarde do que em Portugal – Still Alice estreou há apenas 2 ou 3 semanas.. Na semana passada estive no Congresso Internacional de doença de Alzheimer e de Parkinson. Todas as terapias em ensaios clínicos parecem estar a falhar – são duas doenças de tal modo complexas e multifactoriais que a comunidade científica parece regressar sempre à estaca zero.

Hoje fui ver o filme em V.O. a Cannes. É impossível ficar indiferente. Impossível parar as lágrimas.

Transcrevo alguns dos diálogos.

“My yesterdays are disappearing, and my tomorrows are uncertain, so what do I live for? I live for each day. I live in the moment. Some tomorrow soon, I’ll forget that I stood before you and gave this speech. But just because I’ll forget it some tomorrow doesn’t mean that I didn’t live every second of it today. I will forget today, but that doesn’t mean that today didn’t matter.”

“I used to know how the mind handled language, and I could communicate what I knew. I used to be someone who knew a lot. No one asks for my opinion or advice anymore. I miss that. I used to be curious and independent and confident. I miss being sure of things. There’s no peace in being unsure of everything all the time. I miss doing everything easily. I miss being a part of what’s happening. I miss feeling wanted. I miss my life and my family. I loved my life and family.”

“Alice: I miss myself.

John: I miss you too, Ali, so much.”

Lisa Genova in “Still Alice”

Paris… onde tenho sempre vontade de voltar!

É bom chegar a Lisboa. Ser recebida pela Beatriz que corre para me abraçar no aeroporto. A cada chegada encontro-a mais bonita. Mais crescida.

Chegámos a casa. A Beatriz quis mostrar-me um vídeo. Curiosamente em francês. Paris como cenário. E depois do que se passou ontem. Depois do ambiente que hoje senti em França. É bom reviver esta Paris infantil. Dos cartões postais. Esta Paris que é, também, a forma como gosto de a relembrar… e onde tenho sempre vontade de voltar.

No final vence o amor. No final vence o AMOR. No final VENCE O AMOR.

The Auteurs of Christmas ;)

No ano passado já tinham feito, mas este ano está demais!