da vossa companhia…
Um bom sábado!
da vossa companhia…
Um bom sábado!
E depois do café… Os melhores macarrons da região. Mimos para amigos…
🙂 ❤ ❤
… (quase) todos os amigos estão grávidos. O mural do meu facebook transformou-se num catálogo de barrigas grávidas.
Comecemos pela minha filha. Vai ter uma mana. E para que fique claro não sou eu que estou grávida, sim? É que já recebi várias felicitações. Assim do género: “Que maluca, nem dizias nada! Quem é o pai?” Pois, o pai é o meu excelentíssimo ex-marido, mas a mãe não sou eu. A Beatriz está tão feliz que me faz reviver a minha gravidez. As perguntas são uma constante. Assim do género: “Mamã o que sentiste quando eu me mexi pela primeira vez?” Ora bem. Eu lembro-me perfeitamente do dia em que a senti. E até me lembro do que pensei: “um filme de aliens que tinha visto há pouco tempo!” Deixemo-nos de romantismos sim? Admitamos que sentir “mesmo que o maravilhoso bebé” a mexer… é estranho. Nem tive desejos estranhos ou coisas assim. Só joias e viagens :).
Seguem-se mais grávidas. O meu primo que vai ser pai pela segunda vez. Uma das minhas melhores amigas que vai ter gémeos. Um casal de amigos. Mais dois casais que andaram comigo na escola básica. Mais duas colegas de faculdade.
E estão (quase) todos previstos para Agosto. Coincidência estranha… Não?
Preocupante será o momento em que os meus amigos começarem a ser avós. Por agora até gosto da ideia de comprar roupinhas de bebés :).
E vocês? Também estão rodead@s por gravid@s e bebés?
Serviço de urgências do Hospital central de Juan-les-Pins e Antibes. Sala de espera. Parece um hospital fantasma. Aguardo a saída de um amigo. Ele vai dando notícias instalado na maca – whatsapp para que serves – faltam os resultados dos exames. Acidente de mota é bilhete directo para o R-X. As notícias são boas – parece não ter nada partido. Há mais de dois anos em França diz ter começado agora a aprender francês – ah pois! Na sala de espera estão poucas pessoas. Todas saídas de um qualquer filme surreal. São cinco além de mim e da pessoa que está comigo. A quatro cadeiras de mim – são sempre quatro porque a cada vez que ele se aproxima eu mudo de lugar – está uma criatura que não sei se está bêbado ou se é doente de psiquiatria. Tem um telefone que debita uma música tipo gipsykings. Fala para o telefone numa língua estranha, que se assemelha pouco a francês. Pede os comprimidos do seu tratamento a todos os médicos, enfermeiros ou afins. De vez em quando pega na guitarra e começa a cantar – mais ruído que outra coisa. E pior… Não há segurança nem polícia… Nem ninguém para o mandar calar. Não se ouvem ambulâncias. Nem altifalantes que chamam as pessoas. Nem ecrãs com números ou máquina de senhas. De vez em quando aparecem os senhores de bata. Vêm chamar o monsieur ou a madame para entrar. Não sei se existe casa de banho. Mas a avaliar pelo estado da sala prefiro não conhecer. Não há maquina de café. Nem de bolinhos ou chocolates. E eu que ainda não jantei…
Ser amigo é, sobretudo, isto. É existir a confiança para pedir ajuda. E é não pensar duas vezes para dar ajuda. No estrangeiro os amigos são a única família que temos. E mesmo não sendo nada é sempre bom receber um abraço… Principalmente quando se tem um acidente.
Publicado em ...Peripécias de uma portuguesa em França