Multiplicam-se os programas de televisão sobre o atentado de ontem em Paris. Um pouco à semelhança do que se passou em Janeiro, por ocasião do Charlie.
Gostei de ouvir o académico Jean-Pierre Filiu. Autor do livro <Les arabes, leur destin et le nôtre>. Para ele, se Charlie teve por objectivo atingir a liberdade de expressão, desta vez o alvo são os hábitos de vida ocidentais, censurados pelo Estado Islâmico. Mas mais do que encontrar os porquês, é importante compreender o “Para quê?” que na perspectiva do autor visa dividir a sociedade francesa, agravar a islamofobia. Mais jovens se sentirão ostracizados, contribuindo para o aumento de jovens que decidem fazer a jihad.
Vive-se um discurso de Guerra. Nas palavras de Hollande, de Valls, de Sarkozy. As palavras são diferentes das proferidas a 7 de Janeiro. São muito diferentes!!
Fala-se de Força. De sangue frio. De mobilização das forças militares. De nacionalismo. De Pátria. De Ser Francês.
À Força. À Força. À Força. “É uma Guerra que nos foi declarada”.