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Não ha acesso ao Skype… mas temos Facebook :)!

Os dias no laboratorio são uma corrida contra o tempo. Hoje não foi excepção. Experiência. Reunião de grupo. Mais uma reunião em videoconferência com equipa de colaboradores. Tudo hiper programado ao minuto.

10 minutos antes da hora combinada fui para a sala de videoconferência – sim, temos uma sala para essas coisas, que não haja confusões. Nunca a tinha utilizado, mas achei que para ter uma conversa no skype não deveria ser complicado. Basta ligar computador ao ecrã e esta feito, pensei. Hum… Pois. Esqueci-me de  que os franceses gostam de complicar.

Chegadas à sala, eu e a estudante de doutoramento que tenho a passar uns meses aqui no lab, ligamos os cabos e seguimos as instruções – em francês, claro. Nada! Nada de nada! Skype não liga. Ecrã do computador não aparece no plasma. Hum… bonito! Nos entretantos fico a saber que no instituto não é permitido o acesso ao Skype – não vão os funcionarios diminuir a produtividade por passarem demasiado tempo no Skype -. A incoerência é que o acesso ao Facebook é permitido! Va-se la perceber!

Resumindo. A unica forma de ter uma videoconferência é criar uma conta com o email do instituto num determinado site. A qual tem de ser feita dias antes da data em que se pretende ter a dita videoconferência. E depois convidar os convidados, desculpem-me a redundância, para se videoconferenciarem comigo. Acham possivel complicar mais? Eu não, mas tenho a certeza que os franceses conseguem :)!

Escusado sera dizer que a conversa foi feita no telefone em alta-voz. Mas o que importa é que discutimos ciência. E ciência da gira 🙂 Yupiiii!!!

 

O estranho comportamento dos homens de hoje!

“Professora… Desculpe pedir para ter esta reunião consigo. É que eu não tenho mais ninguém para falar sobre isto. O meu marido morreu. E não é fácil educar o meu filho sozinha. Oh professora… (silêncio). Eu nem sei como dizer isto… (silêncio). Acredita que o meu filho se juntou com os amigos lá em casa… (silencio). Nem imagina o que fizeram os 4…. Então não é que se depilaram todos! Desde a cabeça à ponta dos dedos dos pés. O que é que eu hei-de fazer professora?” Só me ocorreu dizer que era tudo o que eu não precisava de saber sobre os meus alunos! Já passaram vários anos desde esta reunião e se na altura pensei que era uma coisa de idade, a verdade é que é um comportamento que se instalou e tem ganho cada vez mais adeptos. Há de facto comportamentos estranhos nos homens de hoje. E não… não são só os quase adultos de 20 anos. Há os de 30 e, quem sabe os de 40, também!

Espelho meu, espelho meu… Quem será mais BELO do que eu? Os moços descobriram o champô anti-queda que começam a usar antes dos 20 anos, assim a modo de prevenir a calvice. É tema que lhes tira o sono, aceitam de bom grado o cabelo grisalho (elas gostam), mas carecas… Substituíram o gel pela cera (evita a queda do cabelo – anda tudo à volta disso!) e descobriram a magia do secador de cabelo. E os cremes? São pelo menos 3. Para colocar em redor dos olhos. Para a cara – afinal está exposta e a pele pode secar. E eles já sabem que as mulheres reparam sempre nas mãos. O creme de mãos está sempre na bolsa no computador – assim a jeito de manter as mãos macias e hidratadas ao longo do dia. Depois temos a secção barba e o cuidado lábios. Gillette? Sim há a gillette com, pelo menos, 3 amortecedores – para não existirem cortes, a máquina de barbear e a tesoura. As loções para amaciar a pele e fechar os poros não são escolhidas ao acaso – há que cuidar da pele! E os lábios? É desde o creme gordo ao baton labello… Os mais viajados gostam de mostrar o seu artigo amarelo de Carmex. Lábios humedecidos e tratados,… enfim, o que querem mesmo é ter lábios tentadores! O perfume. Gostam de perfumes suaves e doces, mas tomam banho no perfume. Vão perfumando as diversas camadas de roupa, terminando na vaporização de nuvem onde entram. Criam assim uma bolha – a sua cauda pavão! Despachar em 10 minutos é uma miragem. 2h no mínimo!

Smartphone para que te quero! Facebook e Instagram são duas aplicações de que não prescindem. É que estes homens (de hoje) gostam de partilhar fotografias. Parece que gostar de fotografia se tornou uma moda, sobretudo se tiver uns filtros artísticos com tendência para o vintage. É chic! Partilham a sua localização no foursquare, mas apenas com um grupo restrito de amigos – só aqueles que também são chics – e competem nos locais em que fazem check-in. Têm verdadeiras relações de intimidade com o seu smartphone – que por norma é um iphone – e não é raro darem mais atenção ao seu equipamento smart (leia-se ego) do que àqueles que o rodeiam. Gostam de aplicações que lhes permita registar tudo: o que comem (para saber as calorias), a qualidade do sono,… eventualmente o número de ejaculações (solitarias e em companhia) – ok, mera especulação!

E de modo que a casa de banho e o closet se tornaram pequenos para o casal. E creio bem que nos tempos que correm são elas que demoram menos tempo para sair de casa. Resta saber se este estranho comportamento é uma necessidade individual ou se é por acharem que elas gostam. Bom, elas não sei. O que sei é que eu não tenho paciência para tanto rigor no centímetro da barba, na grama do peso e na conexão ao iphone. Vá moços, já ouviram falar no macho latino?