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Elena Ferrante – a Amiga genial

Tenho andado entusiasmada com a tetralogia de Elena Ferrante. Estou no terceiro livro (a idade intermédia).

Trata-se de uma história de vida(s) que começa na infância, na Nápoles do pós-segunda guerra. Duas amigas de um bairro pobre. A filha do sapateiro e a filha do porteiro. Uma inteligente. Outra com dificuldades. Uma a quem os pais não deixaram estudar. Outra a quem os pais autorizaram sonhar. Livros que atravessam 50 anos de vida. Por vezes pensamos que a história vai ser uma, dez paginas depois o fim adivinha-se outro. Mas como na nossa vida, neste(s) livro(s) a incerteza é a constante que nos faz sentir vivos e nos tenta a virar a página.

Em Portugal tem o título de “a amiga genial”. Uma das minhas surpresas literárias deste verão. 

Bom fim de semana

A ler. A ler. A ler…

Passei o fim de semana mergulhada em romances. Edições de bolso que me preenchem os tempos vazios dos aeroportos e aviões. Precisava disto. Deste corte com a batalha que tenho travado – contra o tempo – no laboratório.
Comecei por Nelly Alard “moments d’un couple”! Bem que livro. Cru. Verdadeiro. Intenso e ao mesmo tempo previsível. Escreverei sobre este livro. Preciso de tempo.

Agora estou nos autores portugueses. Uma autora. Um autor. Precisava disto. Agora.

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Momentos Instagram #97

Hoje sou caracol lesma. E não estou sozinha. Há pessoas animais com muita sorte :)!

Bom dia!

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10 livros que li… Um desafio no facebook

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A L. lançou-me um desafio no facebook. Seleccionar 10 livros que tenha gostado de ler. Não existe uma ordem – gosto de todos, por razões diferentes. Decidi responder ao seu desafio aqui no agoradigoeu. Deixo-vos links para opiniões de outros bloggers. Talvez um dia venha a escrever, um pouco mais, sobre cada um destes livros.

Aqui vai:

1. “A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera (por me ter marcado muito, na altura em que o li) – li todos os seus outros livros. Em nenhum outro encontrei a mesma profundidade de escrita.

2. “O erro de Descartes” de António Damásio – foi (também) por ter lido este livro, em 1997, que me apaixonei pelas neurociências.

3.“Fernão Capelo Gaivota” de Richard Bach – por ser um livro (aparentemente) simples, sobre o sonho e a liberdade de ser.

4. “O amor nos tempos de Cólera” como todos os outros do Gabriel Garcia Márquez. Ainda não os li todos, mas em todos os que li, senti a maturidade da escrita – com todos os aromas das suas palavras. Acho que é isso. Ler GGM é um apelo às sensações mais primitivas – na memória dos cheiros, mesmo que por vezes, sejamos tentados a lembrar odores que nunca cheirámos.

5. “O Principezinho” de Saint-Exupéry. Por ter sido uma declaração de amor durante a adolescência. Por ter sido uma partilha de amor com a minha filha. Por ter descoberto sempre mais, a cada vez que o li.

6. “Paulade Isabel Allende. Foi o primeiro que li dela. Poderia ter sugerido outros, porque gosto muito. Transpiram força. Feminismo. E condição humana. Na sua essência.

7. “As velas ardem até ao fim” de Sándor Márai. É um dos livros mais bem escritos que já li. e sobre o qual já escrevi aqui.

8. Estalinegrado de Antony Beevor entre outras edições documentais da Bertrand sobre a guerra fria. Fascina-me compreender a psicologia das massas. De que modo um líder guia o seu povo a acreditar na guerra. O papel dos media. Descobri neste livro o discurso de Hitler para justificar o avanço das suas tropas sobre a ex-união soviética. Li-o antes de 2001. E reconheci as palavras de Hitler no discurso de Bush, para justificar entrada no Iraque e Afeganistão. Percebi que a formula “vamos invadir porque nos estão a atacar” justifica as maiores atrocidades, até hoje cometidas.

9. “Sob os Telhados de Paris de Henry Miller, pelo erotismo (quase pornografia). Muito melhor que o famoso “sombras de Grey” – na minha opinião.

10. O que o dia deve à noite de Yasmina Khadra. Um romance que me fez sentir órfã dos seus personagens, quando terminei de o ler.