Se há coisa que as mulheres fazem, é falar sobre homens. Ou melhor. As mulheres falam sobre aquilo que os-homens-gostam-numa-mulher. Corrijo. As mulheres falam sobre aquilo que elas-pensam-que-os-homens-gostam-numa-mulher. Entre uma e outra coisa a distância é mais ou menos a mesma que entre Vénus e Marte. Ontem não foi diferente. Chegámos à conclusão que, genericamente, existem três tipos de mulheres. Sim, é verdade. As mulheres falam mesmo é de mulheres! Continuando. Temos as cerebrais, as bimbi e as que não são nem uma, nem outra coisa. As últimas podem ter a sorte de cair em graça. E quando assim é, são (apenas) fofinhas – sobretudo se forem roliças (deve ser por isso que eu passo de Paula a Paulinha após dois ou três cafés!).
A mulher cerebral gosta, acima de tudo, de evidenciar a sua carreira e cultura geral. Gosta de gadjets (o ipad, o iphone e todos os outros iiiiis). O carro é normalmente pequeno e prático, mas bonito – não tem tendência para descapotáveis – é mais Fiat 500 ou mini couper. Ah… ou smart two. Opta por roupas sóbrias – nada de decotes ou formas delineadas ou saltos altos com mini-saia. Muito menos transparências. Conjuga o lenço às bolinhas com a risca do sapato (como se alguém fosse reparar nisso). No fim do jantar divide a conta. Não precisa de companhia para regressar a casa. Mesmo que sejam 4h da manhã!
A mulher bimbi vive num mundo muito próprio. Gosta de purpurinas e vernizes e cremes e glosses e as outras coisas que não sei o nome. Sonha com um closet para colocar todos os trapos e acessórios e sapatos (e que por agora estão amontoados no quarto alugado – ou na casa dos pais) – os 600€ de salário não dá para pagar modas e a casa! Mas ela sabe que o esforço vale o investimento. Qual curso qual quê! Bom, bom, é arranjar um homem bem sucedido – com um bom emprego (e salário correspondente). Aposta tudo no decote e no rabo – ah e as unhas – conhece, pelo menos, sete vermelhos diferentes. É uma excelente ouvinte. Como não sabe bem o que dizer, ouve atentamente. De olhos esbugalhados, pensa: “é tão inteligente – diz tantas palavras que eu nem sei bem o que querem dizer!” No fim do jantar agradece o convite com um sorriso (com os dentes branqueados na última semana). Hora de retocar a maquilhagem – pelo que nem chega a saber quanto foi a conta. Não tem carro. Tem um princípio: é preferível não ter carro do que ter um carro velho! Sonha com o vestido de noiva e em ser mãe. E claro -com um príncipe generoso!
A mulher cerebral não percebe bem por que raio de motivo continua sozinha. Tem tudo para ser uma mulher de sonho. Mas… “demasiado independente” dizem as más línguas.
A mulher bimbi acasala facilmente. É caprichosa. Tem filhos rapidamente – o Santiago e a Maria Teresa -, inscreve-se no Piaget para fazer o curso que nunca vai terminar – fica sempre bem dizer que andou na Universidade. Tem o ipad na mala louis vuitton – prenda do marido no último aniversário. Passa grande parte do dia a ler blogues de moda, ou de bebés, e o feed do facebook. Gosta de carros grandes – Assim tipo Audi q5, com a cadeirinha do bebé – a jeito de comunicar ao mundo “Tenho filhos de um homem bem sucedido”. Também gosta do mercedes classe A – sobretudo quando conduzir não é um dos seus atributos! Gosta de cuidar da casa – ou melhor, de conversar com a empregada – a única que a trata por dra. É muito social. Adora fazeres jantares para os casais amigos. Contrariamente ao passado, agora tem sempre assunto. Começa pelas magias da bimbi e termina nos resorts fantásticos onde passaram as férias.
Pensando bem, eu até compreendo os homens. É de longe mais fácil, viver com uma mulher bimbi do que com uma cerebral. Se a um homem for pedido para atribuir uma ponderação aos componentes intelecto, casa e sexo, numa mulher, tenho por certo de que o intelecto será a componente mais sacrificada – diria até eliminada – não dá jeito nenhum ter uma mulher inteligente!
Resta uma dúvida. E nisto tudo… Onde é que fica o AMOR?
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