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Pasta “Punto G”

O meu amigo G. tem andado a reclamar o meu silêncio sobre ele aqui no blog. Aqueles que lêem o agoradigoeu desde os primórdios da sua existência, lembrar-se-ão de alguns posts divertidos que escrevi sobre nós ele.

A irmã do G. passou uns dias aqui na Côte e por essa ocasião organizámos um jantar em minha casa. Foi uma noite entre amigos muito divertida. A irmã e cunhado do G., sicilianos, presentearam-nos com uma “Pasta” absolutamente deliciosa – em italiano “Pasta alla carrettiera”, mas que eu decidi designar “Pasta Punto G” porque o G. gosta de dizer que no meu blog ele se chama “G Point” :D! A verdade é que comer esta massa é um pazer indescritível! Repliquei a receita por diversas ocasiões e acho que consegui alcançar um resultado próximo do original.

A receita é muito simples.

Ingredientes:

  • Massa esparguette
  • 4-5 Tomates muito vermelhos
  • Mangericão
  • 4 dentes de alho
  • Parmesão
  • 100 – 150 ml de azeite
  • Sal e pimenta
  1. Colocar os tomates em água quente. Deixar ferver até a pele do tomate abrir (criar umas fendas).
  2. Colocar o azeite numa taça funda.
  3. Com um garfo esmagar os alhos dentro do azeite. Não adicionar alho picado.
  4. Cortar folhas de mangericão em pequenos pedaços com as mãos. Adicionar bastante.
  5. Quando o tomate apresentar “fendas na pele”, tirar da água, depelar e colocar o tomate inteiro no azeite. Esmagar com o garfo. Este passo é o que vai dar temperatura ao azeite por isso é o momento de colocar água a ferver para cozer o esparguette. Atenção o esparguette deve cozer 10 min (para os italianos o tempo de cozedura da massa é O ponto decisisivo de todo o processo)!!
  6. Temperar com sal e Pimenta.
  7. Quando a massa estiver “al dente” – 10 min de cozedura -, passar no escorredor e adicionar o esparguette ao preparado de azeite, alho, tomate e mangericão.
  8. Ao mesmo tempo que um envolve o esparguette no molho, outro deve adicionar o parmesão previamente ralado.
  9. Servir e comer de seguida enquanto ainda está quente.
  10. Deliciem-se.

(Deixo algumas fotografias da “Pasta Punto G” que fiz ontem :D!)

 





E como estamos na Cote d’Azur nada melhor do que um bom rosé fresquinho para acompanhar…


Foi um jantar delicioso.

(Depois contem-me se experimentarem a receita).

 

E depois de uma semana de loucos… estava mesmo a precisar deste passeio!

Tive uma semana de loucos. Mesmo! Desde a minha chefe (grávida, só assim a jeito de informação suplementar) a cantar (e dançar) heavy metal numa soiré do mini congresso científico (com karaoke em francês – deprimente, mesmo… é que foi tão triste que a única coisa que podia fazer era rir de mim própria, por estar ali!), a um jantar em minha casa com um casal de sicilianos a cozinhar pasta. Mesmo à séria, não estão bem a ver…Foi épico! Super, super divertido! Parecia que tinha entrado naqueles filmes, tipo viram-se gregos para casar… Trouxeram o manjericão em vaso, cozeram os tomates para depois os depelar, usaram quase 1L de azeite, onde esmagaram alhos e o tomate (sem sementes) com garfos, ao que juntaram queijo parmesão (ralado) e folhas de manjericão (cortadas à mão, não pode ser com a faca). Após 1h de preparação a massa ainda estava no pacote. Só depois de todo o ritual é que colocaram a massa a cozer – 9 minutos – et voilá, a pasta mais saborosa que já comi na vida! Mesmo!!! Ainda houve pasta carbonara, deliciosa também. O D., que segundo o chef siciliano é 1/3 ucraniano, 1/3 espanhol e 1/3 italiano, não se ficou atrás – com uma pasta carbonara nham nham. A melhor parte foi um whatsapp que recebi de um dos comensais. Enviou-me o dito quando estava a chegar – acontece que não li – dizia: regras para esta noite. É proibido falares sobre mulheres. Caso não saibas se o que vais dizer é bom ou mau, faz uma coisa… não digas. E obrigada por tudo, já agora! Pois… Estão a ver, não é! Eu não li o whatsapp. Passei a noite a meter-me com ele. Ups… asneira! Mas não. Afinal falámos em inglês, (quase) ninguém percebeu nada ahahahah Ufff :D! Foi um jantar multicultural, no qual falámos um misto de italiano, espanhol, português e inglês – numa conjugação que só o deus baco permite :D!

E de modo que depois de uma semana, cujo ritmo já não se permite na minha idade biológica – esta coisa de dormir 4 horas por noite, já faz mossa -, estava mesmo a precisar de um dia como o de hoje: um passeio aqui pelas vilas do canto azul!

Podem ver as fotografias aqui

Até breve…