2013 terminou. Não vesti cuecas azuis. Não comi passas. Não subi a cadeira. Não lancei sal no tapete. Na verdade nunca o fiz! Acho que a vida tem sido generosa comigo e por isso opto por passar a meia noite com um brinde e um (ou muitos) abraço(s)! Pedi um desejo. Apenas um: “Que 2014 me continue a trazer motivos para sorrir”.
A noite foi passada em Lisboa. Jantar de mesa farta, pessoas muitas. Às duas da manhã , já de brindes feitos, beijinhos trocados, cerebelo anestesiado e receptores de THC activados, saímos de casa para uma festa no lado oposto da cidade. Meio de transporte: Taxi! Os taxistas de Lisboa são uns verdadeiros cartoons animados que parecem ter saído do Politeama ou Maria Matos. Assim que entrámos no Taxi perguntámos se sabia onde ficava o nosso destino. “Atão não sei! Era para onde eu costumava levar os carros roubados!” Acabadinhos de entrar no Taxi e já nos estávamos a sentir no submundo lisboeta. Ele continua “Atão quem é que ganhou a casa dos segredos?” Azar do senhor – que aves raras lhe tinham calhado como serviço – nenhum de nós sabia quem tinha ganho, ou o nome dos participantes ou as polémicas envolvidas. Com o objectivo de mudar de assunto perguntámos-lhe qual o episódio mais estranho que tinha vivido no taxi. “Isso agora! O difícil é escolher um!” Mas já teve alguma situação em que tivessem relações sexuais? “E essa pergunta é a contar comigo?” Não, com clientes. “Epá isso não! Levava-os logo à esquadra! Já recebi algumas propostas. De me pagarem com favorzinhos. Epá mas isso é boé da marado. Atão depois como é que eu faço? Também pago ao patrão com favores? As mulheres são as mais atrevidas! Já sabem que um gajo não lhes parte a cara! Estão sempre a ver se não pagam!” Chegámos ao destino divertidos pela conversa – que figura :D!
A noite continuou divertida. Até (quase) de manhã! E foi assim que 2014 começou!
Há alguns dias uma pessoa conhecida dizia não gostar de dizer a sua idade. Dizia que os 40 anos lhe tinham trazido a constatação de que teria de repensar todos os planos (ou etapas) que tinha feito aos 25. “Não casei, não tive filhos,… e não sei se terei o tempo para isso… ter filhos! O tempo passou rápido demais – e durante parte desse tempo pensei que ainda era muito nova para coisas de responsabilidade! Acabei por ter uma vida sem raízes, agarrando a possibilidade de poder viajar e ser livre… às vezes tenho medo de ter feito as escolhas erradas ou… de não as ter feito.” Às vezes lembro-me destas palavras e hoje, ainda estremunhada pelo sono (e as outras coisas que se têm no dia seguinte a uma noite destas), li o post da Sílvia. E dela li: “Mereço tudo, porque sempre fui mulher de arriscar, mais do que a conta. Só sei viver assim…” – E como me fez bem ler estes caracteres… Porque eu também só sei viver assim!
Bom ano 2014! Obrigada por estarem desse lado! Muito Obrigada!
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